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Atuação de farmacêutica identifica fraude de R$ 10,6 milhões no Paraná


Data de publicação: 21 de novembro de 2023

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No fim do mês de agosto deste ano, uma notícia assustou os paranaenses. Foi identificada uma fraude na entrega de medicamentos às regionais do Paraná. Segundo a investigação, a licitação do estado comprou cerca de 6 mil frascos de imunoglobulina humana, indicado para tratamentos de leucemia, doenças autoimunes, para pacientes recém transplantados e outras doenças. No entanto as unidades entregues às regionais de saúde do estado continham antibióticos do tipo metronidazol, medicamento anti-infeccioso indicado para o tratamento de giardíase, amebíase, tricomoníase, vaginites e outras infecções. O que muitos não sabem é que toda a investigação começou graças ao olhar atento de uma farmacêutica de Ponta Grossa.

Amabile Dal Col é farmacêutica, R2 na UTI do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais e trabalha há dois anos no HU-UEPG. Por fazer parte do programa de residência multiprofissional, são normais os estudos de casos. E foi em uma dessas ocasiões que a Amábile ficou responsável pelo estudo da imunoglobulina, o que levou a profissional a levantar informações sobre o medicamento disponível no hospital. "Durante minhas pesquisas, ao buscar informações sobre o produto que tínhamos no hospital, descobri uma desconexão: a Bayer, fabricante do medicamento presente no hospital, negava a produção desse tipo de imunoglobulina. Além dessas informações, encontrei também notícias da Anvisa explicando sobre a proibição da comercialização desse lote, com o alerta de falsificação. Imediatamente, compartilhei essas descobertas com a farmacêutica responsável pelo setor. Solicitamos a troca do produto e comunicamos a SESA”, contou a farmacêutica. A UEPG afirma que o medicamento falsificado não chegou a ser distribuído para pacientes do HU.

Porém, não foram todas as instituições que conseguiram identificar a fraude a tempo. De acordo com a investigação, a distribuidora investigada entregou os medicamentos falsificados em diversos lotes de fevereiro a julho desse ano. Assim que a SESA-PR identificou as irregularidades, acionou a Polícia Civil do Paraná, que deu início à investigação do caso. De acordo com as investigações, a empresa fraudou uma licitação de 6 mil frascos de Imunoglobulina Humana, avaliados em R$ 10,6 milhões. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão contra grupo suspeito de entregar medicamentos falsos e fraudar licitação de medicamentos.

Riscos da troca de medicamentos

A imunoglobulina G (IgG) é um hemoderivado, ou seja, é obtida através do plasma humano. Ela é uma classe de proteínas e é essencial para a resposta imune do corpo contra infecções e agentes patogênicos, desempenhando um papel crucial no fortalecimento do sistema imunológico. É importante mencionar que a produção de imunoglobulina G para uso terapêutico, por ser derivada de doadores humanos, passa por processos rigorosos de purificação e testes para garantir sua segurança e eficácia. Por isso também o seu alto custo.

Já o medicamento que foi encontrado no lugar da imunoglobulina, o metronidazol, atua como antibiótico (combatendo tipos específicos de bactérias) e antiprotozoário (para casos de giardíase, por exemplo). É utilizado normalmente para infecções abdominais, ginecológicas e dentárias.

Segundo a farmacêutica, após o início das investigações, os profissionais já ouviram relatos de pacientes de outros hospitais que utilizaram o medicamento equivocado e não tiveram resultados favoráveis. “Muitos pacientes oncológicos precisam da reposição da imunoglobulina, pois precisam da proteção que o corpo, por algum motivo, deixou de produzir. Assim como pacientes transplantados, por exemplo. Então são casos em que o paciente ficou sem o medicamento para fortalecer o seu sistema imunológico”, explica Amábile.

É preciso estar atento

O farmacêutico e diretor acadêmico do HU-UEPG, Edmar Miyoshi, ressaltou que é importante estar sempre atento às notícias e informativos sobre medicamentos que possam apresentar irregularidades. “A Anvisa sempre divulga comunicados, lotes recolhidos, lotes proibidos. Por isso é importante sempre fazer essa verificação. É essencial que o farmacêutico tenha esse cuidado na farmácia do hospital”, pontuou. O farmacêutico ressaltou, também, que o hospital universitário mantém um sistema de rastreio, ou seja, possui o controle de cada medicamento que é entregue aos pacientes, com informações sobre o lote e outras especificações necessárias.


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