CRF-PR participa de audiência pública sobre políticas e ações de prevenção ao novo coronavírus
Fonte: ALEP e Assessoria de Comunicação / CRF-PR
Data de publicação: 21 de janeiro de 2020
Diretores, Conselheiros e Gerentes do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná (CRF-PR) participaram na manhã de quinta-feira (13), da audiência pública “Novo Coronavírus – O que podemos fazer para nos proteger”, proposta pelos deputados Michelle Caputo (PSDB) e Tercílio Turini (CDN), na Assembleia Legislativa do Paraná.
O objetivo é orientar os paranaenses sobre os riscos e tranquilizar a população sobre as ações que as autoridades públicas estão tomando. “Precisamos evitar o discurso que minimiza a situação tanto quanto o que gera pânico nas pessoas. Temos que dar à epidemia chinesa o real tamanho que ela tem. Na metodologia de apuração de óbitos e novos casos da doença na China, já são quase 1.400 mortos e cerca de 60 mil infectados. Esperamos que todos os controles aconteçam, mas é preciso passar a boa informação, a da verdade epidemiológica”, destacou Caputto, que já foi secretário estadual de Saúde.
Para informar as ações que o Governo Federal está adotando para evitar a doença no Brasil, palestrou, via videoconferência, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, responsável pela área que coordena as ações de controle e monitoramento do novo Coronavírus no país. “O Brasil faz parte de uma rede mundial de alerta e reposta aos surtos e por meio dela, mesmo antes da Organização Mundial de Saúde fazer o primeiro comunicado, já havíamos detectado os casos de pneumonia desconhecida e chinesa.”, afirmou.
Por conta disso, explicou o secretário, o Brasil iniciou o quanto antes as medidas sanitárias necessárias para evitar a entrada do vírus e ao monitoramento de qualquer caso suspeito. “Desde o início do ano são mantidos boletins epidemiológicos, ativação de centro de operação e definição do guia de vigilância epidemiológica e plano de contingenciamento de alerta com três níveis de resposta”, explicou Wanderson.
De acordo com o secretário, as medidas estão sendo tomadas com todas as pastas estratégicas do Governo Federal em parceria com as secretarias estaduais e municipais, com apoio da Organização Pan-americana da Saúde. “Fizemos a mudança da definição de casos em que todas as pessoas vindas da China e que apresentassem febre, até catorze dias antes do retorno, são suspeitos. Ampliamos a definição de casos, tornando-a mais sensível”, garantiu, ressaltando ainda que o Laboratório Central do Paraná (Lacen) será, nas próximas semanas, capacitado para a realização de testes que identificam e diagnosticam pacientes do Novo Coronavírus.
A presidente do CRF-PR, Dra. Mirian Ramos Fiorentin, que compôs a mesa dirigente com outras autoridades, destacou o papel fundamental do farmacêutico nesse cenário. “Sabemos da importância do estabelecimento farmacêutico, é um dos primeiros a serem procurados quando a população identifica algum sintoma de resfriado, por exemplo. É a porta de entrada para a orientação de doenças e busca por medicamentos, por isso, é essencial que o farmacêutico esteja preparado para orientar a população para o enfrentamento da epidemia de coronavírus, juntamente com todos os profissionais de saúde”.
Dra. Mirian lembrou ainda que o Conselho, através do departamento Técnico Científico, tem trabalhado muito na elaboração de informativos técnicos para que o farmacêutico esteja atualizado e preparado sobre o novo coronavírus, para orientar a população e oferecer um atendimento adequado.
A coordenadora de epidemiologia da Secretaria de Estado da Saúde, Acácia Nasr, que representou o secretário Beto Preto, disse que é preciso manter discussões como a proposta na audiência pública que congreguem municípios, estados e federação para orientar a população e prevenir uma possível entrada do vírus no Paraná. “Um alinhamento das ações para um plano de contingência do estado, que coordenada todas as ações municipais, desde fluxogramas para os profissionais de saúde, as parcerias com ANVISA e Defesa Civil e os protocolos no manejo clínico”, explicou.
Para a secretária municipal de saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, o tema causa preocupação e por este motivo o debate deve ser constante. “Precisamos alertar a população sobre os cuidados, por que temos a chegada do vírus Influenza e sarampo, que são doenças de transmissão respiratória. O cuidado, chamado etiqueta respiratória, como lavar as mãos, usar álcool em gel, evitar aglomerações e deixar os ambientes arejados, além de tossir nos cotovelos e usar lenços, evita as proliferações de vírus, não apenas o novo coronavírus”, alertou.
Participaram da audiência pública ainda: Marco Antônio Teixeira, coordenador do centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de proteção à Saúde Pública do Ministério Público do Paraná; o farmacêutico, Paulo Costa Santana, conselheiro do Conselho Estadual e Saúde do Paraná; Daniela Dorneles, coordenadora substituta de vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras e recintos alfandegados do Paraná; o deputado Nelson Luersen (PDT). Também: Janaina Naumann, presidente do Conselho de Biomedicina do Paraná e coordenadora do Fórum dos Conselhos Profissionais da saúde do Paraná; Simone Peruzzo, presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Corem-PR); e Luiz Ernesto Pujol, secretário geral do Conselho Regional de Medicina (CRM-PR). Representando o CRF-PR estiveram: Dr. Jackson Carlos Rapkiewicz, gerente Técnico Científico; Dra. Leila de Castro Marques Murari, Conselheira; Dra. Sandra Yara Sterza, Conselheira; Dra. Karen Janaína Galina, Conselheira; Dra. Letícia de Cássia Tavares Thiesen, Conselheira; Dr. Sérgio Satoru Mori, Gerente Geral; Dra. Marina Hashimoto, ex-Conselheira.